terça-feira, 11 de setembro de 2012

A morte da Rosa

As sombras pecaminosas
Da flora tão obscura
Suprimem a luz da Rosa
Rompendo suas suturas.
Corroendo o triste ímpeto
Da tristonha desbotada
Rosa, somente rosada,

E deixam a Rosa à míngua
Morrendo de forma pura
Decomposta pelo vento
Perecendo com murmuria
Sangrando a vermelhidão
Como da infeliz rósea
Intrínseca desgraça.

Com um lúgubre aspecto
Sem mais como viver,
A morte muda da rosa
Tão cedo a fez descrer,
Na certeza de que a vida
Pra ela demais esquecida
Foi a agrura desmerecida.

A morte da Rosa linda.


 

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Triste surpresa

Me sinto o pior dos crápulas,
Quando junto com você
Não declamo o mais puro
Gostar que sinto.
Sou a tristeza profunda,
Guardada em meu âmago
Que anda por meu coração
E o espeta como uma foice.
As mágoas amigas
Que afogam o amor
E dizem sofrer
Como sofro por você
E na clara manhã
Do dia mais lindo
Parece-me nublado
Um triste ensolarado.
No fim, sutilmente
A lágrima macia 
Contorna minha face
E do amor tão formoso
A tristeza também faz parte.