Tenho medo dessas paixões avassaladoras que chegam sem hora marcada. Não tenho medo de vivê-las, tenho medo que elas acabem assim como chegaram, sem uma despedida, sem um adeus. Mas, se acabam, não eram reais, nem palpáveis, nem coerentes...
Tenho medo dessas paixões avassaladoras que chegam sem hora marcada, mas marcam profundo nas nossas vidas. Dessas paixões que unem dois corpos sem uma certeza de que dará certo. Dessas paixões insanas que levam a questionar toda a ordem do Universo.
Tenho medo de todas as paixões que começam com coelhos, passam por corujas e terminam em pandas. Medo das paixões multicoloridas que colorem os sorrisos, os traços, os afetos. Medo de todas as frases meigas, de todas as risadas sinceras, de pular infinitas vezes de forma marcada de tanta alegria que sinto... No fundo sinto medo de ser Feliz, porque a felicidade exige manutenção, continuidade.
Seria tão mais fácil viver num pontículo inerte a qualquer força, bem no meio do Sombrio espaço... ali não teriam cores, nem corpos, nem paixões, nem felicidade....
O medo nos acovarda, nos põe contra paredes, nos surra, nos mata... Deixa oportunidades passarem como trens que se vão e nunca mais retornam. Por isso escolho a Felicidade, a alegria dos pulos, dos pandas, das corujas e dos coelhos, das paixões multicoloridas, das leis questionadas, dos corpos unidos, das paixões avassaladoras que não sabem marcar hora pra chegar. Escolho viver cada momento e guardá-lo dentro das minhas memórias. Escolho amar incondicionalmente, tanto quanto possa, tanto quanto conseguir... Amar mais do que posso, mais do que consigo.
Escolho ser uma simples libélula em busca de luz... Escolho ser uma simples libélula guiada por uma estrela que não deixa de brilhar e que me levará a tantos lugares quanto forem possíveis, que me mostrará como amar, como sorrir... Escolho ser essa simples libélula, guiada por um único facho de luz, por uma única estrela guia.
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