quinta-feira, 26 de julho de 2012

Longe das cintilações...

Lá longe das fronteiras do aceitável socialmente, longe dos faróis e faroletes, longe das pontes e construções, sinto-me em paz. A brisa macia acaricia meu rosto e a luz do luar refletida pelo mar faz pequenas cintilações chamando a atenção dos meus olhos.
A história se repetia mais uma vez, as pedras rolavam por entre o desfiladeiro, chegando enfim a praia deserta do meu refugio pessoal. Respira, expira... mas por algum motivo estranho, a figura feminina da delicada rosa pequena não sai da minha mente, quem dirá da minha alma.
Com as dores e pancadas estridentes que se faziam dentro da minha caixa cerebral, não podia mais pensar... meu refúgio natural esvaia pelas minhas mãos, pois sua poesia não fazia-me mais viajar pelas grades da canção bonita que esperava conquistar.
Minha pequena rosa se foi, pelo buraco entre meus dedos, escorreu-se sua alma, sua pele, minha felicidade. Ah! escolha incerta, com triste final. Acompanha-me pela vida inteira ou o restar de sua estada morada terrestre, pois levarei o mais puro amor, o mais puro desejo, o mais puro beijo, e dos meus lábios ainda molhados pelo sangue da queda e do fim escorre-se pela fina areia da praia que antes deserta, agora era ocupada pelo sujeito único... Eu...

Como dito, pequenas cintilações ainda se fazem em meu olhar, o qual cada vez que pisco fica mais embaçado, e mais embaçado, e mais embaçado...

Nenhum comentário:

Postar um comentário