Na noite escura, o breu toma conta das minhas angústias,
Não vejo o céu, não vejo o mar,
Sinto-me sufocado, sem saída, sem lar.
Corro minhas mãos pela madeira que me cerca,
Unhas que quebram, cheiro de terra.
Aos poucos pedaços de minhas lembranças
se fazem presentes em minha mente,
Choro, soluços, cansaço.
Ainda temeroso, sinto o puro e doce cheiro das margaridas,
Lembro-me da minha infância no campo sem fim,
Fecho os olhos, o medo desaparece.
Margaridas batem à porta, me fazem sorrir,
A morte se faz presente, meu corpo fica ausente.
Fim de laços, fim da vida,
E lá ficam as margaridas,
Sinto mais uma vez seu doce cheiro,
Levo em mim a lembrança,
E deixo na terra meu desespero.
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